“Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão”. O marcante artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos sinalizou, em dezembro de 1948, como devem se reger as relações entre nós. Podemos e temos o direito de expressar livremente nossas opiniões.

De lá para cá a forma e a rapidez com a qual nos comunicamos mudou. A Internet, as redes sociais e a democratização do acesso à tecnologia transformaram antigos ouvintes e leitores em protagonistas. Cada letra de cada palavra que escrevo aqui será publicada exatamente como deve ser. Na íntegra. 

Entretanto, vale trazer aqui uma discussão que cada vez gera mais embate. Confunde-se, com uma recorrência absurda, liberdade de expressão com direito de divulgar informações falsas que beneficiam interesses próprios. Estou falando da famosa fake news, “talkei”?

Vivemos neste exato momento a maior crise da saúde pública mundial. O Brasil acaba de bater a triste e pesada marca de 400 mil mortos devido a complicações do coronavírus. São muitas vozes, muitas opiniões, mas também muitas inverdades. Neste caso, a liberdade de expressão precisa ser acompanhada por dados e pesquisas sérias que somente a ciência tem o poder de trazer. Aqui, vale lembrar, a fake news mata. 

Em meio a tantas notícias, temos poucos filtros. Uma notícia falsa repetida várias vezes se torna uma quase-verdade. E daí para a frente o caminho não se torna mais aceitável. É aí que a mídia desempenha papel único. O Secretário-Geral da ONU, Antonío Guterres, afirmou que “jornalistas são antídoto para pandemia de desinformação sobre covid-19“. Estamos com ele nesta afirmação!

Hoje, 3 de maio, celebramos o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Uma imprensa livre, séria e independente é fundamental para nossa sociedade. É em uma assessoria de imprensa que a notícia nasce. Cabe a nós ecoarmos vozes e transformarmos um ato em um fato. 

Nossa missão na Vira será sempre com a verdade, com a proliferação de dados corretos, de pesquisas sérias e de opiniões fundamentadas e fundamentais para os jornalistas e, consequentemente, para todo o público. Vamos celebrar a verdade, vamos celebrar a liberdade, vamos celebrar a imprensa!

*Por Guilherme Pichonelli, CEO da Vira Comunicação.